quarta-feira, 28 de maio de 2008

55-GAMMA

55-GAMMA

RISCO DE CONVEXIDADE ( GAMA )

“ Como o delta é muito importante para medir e administrar o risco de derivativos, principalmente para aqueles que possuem um comportamento similar ao das opções, e como ele pode não possuir uma relação linear com o movimento do preço do ativo objeto, foi necessário desenvolver e utilizar o conceito de gama.”( Derivativos- Neto, Lauro de Araújo Silva, p167)

“é o risco proveniente da relação entre o preço de um ativo objeto e o valor de uma transação da carteira, quando esta relação não é linear. Quanto maior a não linearidade( convexidade) maior será o risco” ( Derivativos- Neto, Lauro de Araújo Silva, p167)

“ Este risco, gama, é exatamente o risco do valor de delta variar. Essa relação é muito importante, pois sempre que estamos negociando derivativos estamos medindo e gerenciando a exposição causada por estas posições. Uma forma eficiente de gerenciar essa exposição é exatamente através do delta, ou correlação entre o valor do instrumento usado e o ativo adjacente usado para fazer o hedge da posição” ( Derivativos- Neto, Lauro de Araújo Silva, p167)

“ O delta muda com o valor do ativo objeto. Se o delta cair de 50% para 25%, estaremos com mais contratos objeto do que o necessário, e portanto, estaremos assumindo o risco de preço do ativo objeto. O gama entra exatamente ensta hora. Para sabermos qual é o risco do delta variar devemos ver o gama. Ativos com o um gama muito grande terão, obrigatoriamente, um delta que se move muito, ou se preferirmos, um delta muito volátil.” ( Derivativos- Neto, Lauro de Araújo Silva, p168)

“Quanto mais no dinheiro estiver a opção, mais o seu delta irá variar. As opções muito dentro e muito fora do dinheiro, possuem um delta muito tranqüilo. Para as opções dentro do dinheiro, o delta estará próximo de um, ou seja, o valor da opção se move como o valor do ativo objeto. Para as opções fora do dinheiro, lado esquerdo do gráfico, o delta será muito pequeno, próximo de zero, e o valor da opção quase não se altera dada mudanças no valor do ativo objeto.” ( Derivativos- Neto, Lauro de Araújo Silva, p169)

“ Os conceitos de delta e gama são muito importantes para traders e gestores de risco e são fundamentais para qualquer sistema de gestão de risco. É conveniente chamarmos a atenção para o fato de uqe vários são os fatores que influenciam o valor dos derivativos, principalmente aqueles que possuem opções embutidas.”.. “Qualquer mudança tais como volatilidade, taxa de juros, tempo a decorrer, ira influenciar o delta e o gama das posições” ( Derivativos- Neto, Lauro de Araújo Silva, p169).

“O gama estima as variações no delta das opções, decorrentes de variações no PV do ativo-Objeto. As fórmulas que permitem calcular os gamas são iguais as derivadas parciais segundas das funções de prêmios justos da call e da put em relação ao PV do ativo-objeto, conforme mostrado a seguir:” (Mercados Derivativos e Análise de Risco- Marins, André, Vol 2, p837)

52-Against Actuals, SEOs, BEOs

52-Against Actuals, SEOs, BEOs

Como vimos no capítulo 51, a Usina e a Trading B, deram ordens de compra e de venda para a Trading A, que tinha um contrato commercial com ambas, onde previa que estas dariam ordens para fixar seus preços.
Existem alguns tipos de Ordens Básicas, que são acordadas tipos de ordem que devem ser utilizadas para a fixação de lotes na bolsa.
Os dois mais simples são os tipos SEOs e BEOs. Que significam respectivamente Sellers Executable Order e Buyers Executable Orders, onde os Vendedores e os compradores, respectivamente dão a ordem de fixação de preço na bolsa.

O Against Actual, ou mais conhecido AA´s, é utilizado para “trocar” a posição com a outra parte. É comum o uso dos AA´s entre Tradings, poi sambas tem contraltos de compra e vende e teoricamente não teriam o interesse de realizar entrega em bolsa, e sim de acordo com seus contraltos comerciais.
O AA é um acordo, entre ambas as partes para a realizacao de um cross de posições, que é feito num determinado range de periodo que pode ser a vida do contrato, o dia do cruzamento do AA, a semana, ou o tempo que estiver estabelecido contratualmente entre as partes.
Exemplo: Suponha que a Trading A esteja Short na bolsa a 10.00cts (Long no Fisico) e que a Trading B esteja long na bolsa a 9,40cts( short no fisico). Ambas estão fixadas, mas a A entregara para a tranding B e a B receberá da A, e não entregarão ou receberão na bolsa. Então, ambas precisam fechar suas posições na Bolsa. Então combinam de cruzar o AA no range do dia que foi de 10,20cts-10.41cts. e decidem o preço de 10,30cts.
A trading A terá um prejuizo no futures de 30 cts por lote. E a Trading B terá um lucro de 90 cts na bolsa.
Na hora da entrega, a Trading A, lucrará 30 cts por lote no Fisico. E a Trading B terá um prejuízo de 90 cts no Fisico.

51-HEDGE PERFEITO

51-HEDGE PERFEITO


O hedge perfeito para uma trading ocorre quando o ganho que ela tem ao fechar a posição no Mercado futuro é igual a perda que ela tem no Mercado físico.

Vamos a um exemplo prático de hedge perfeito:
Suponha que uma trading A tenha um contrato de compra de 10.000TM de açúcar refinado com uma usina, para ser entregue contra a tela de Outubro, e também tenha um contrato de venda de 10.000TM de açúcar refinado com uma outra Trading B, também para entrega contra a tela de Outubro.
Durante o periodo do contrato, foi acordado que as ordens de venda e de compra seriam dadas respectivamente pela usina e pela trading B receptora final do acucar, na Bolsa de Londres( LIFFE-Euronext).
A Trading B, ao perceber uma baixa de Mercado, resolve fixar seu preço, fixando 200 lotes a 280.00USD o lote para a tela de Outubro ( V ).Ela então dá a ordem para a Trading A, para fixar o contrato commercial ao preço desejado. Ordem esta que foi executada assim como requerida.
Algumas semanas depois, o Mercado dispara ao se ter notícia de uma safra ruim na India. A usina então, aproveitando a alta do Mercado, resolve fixar seu preço de venda. E Vende na Liffe contra a tela de Outubro ( V ) 200 lotes a 320.00USD o lote.A usina então passa a ordem a Trading A, que prontamente fixa os lotes.
Ora, neste instante, a Trading A, estará Long 200 contratos a 280.00USD e 200 Contratos Short a 320.00USD. A trading Resolve então fazer o offset( fechamento;cruzamento) da posição. Neste momento, ambos os contratos estão fixados à seus preços, realizados via bolsa de mercadorias e commodities de Londres, que realizou seu objetivo de descoberta de preços.

A Trading A, Realiza, portanto um Lucro no Mercado de futuros de :
200 x (320-280) x 50 = 200 x 40 x 50 = USD 400.000,00
Porém, na data da Entrega do Açúcar. A Trading A, deverá pagar o açúcar físico a Usina, e o fará de acordo com o preço fixado por ela( 320.00USD). E ao mesmo tempo receberá da Trading B, o valor fixado por esta pela compra do açúcar (280.00).
Realizando uma perda no mercado físico de:
200 x (280-320) x 50 = USD – 400.000,00

Logo o Valor de Lucros e Prejuízos final de uma transação de Hedge perfeito é igual a zero. Fica claro neste instante que é exatamente este o objetivo de uma bolsa de mercadorias e futures, onde compradores e vendedores fixam seus preços no melhor momento, quando julgam que tal preço sera interessante para seu negócio. A trading B e a Usina, nesse caso são os famosos Players de Mercado com nome de Hedgers.

49- OPCOES- FUNDAMENTOS E APRECAMENTO

49- OPCOES- FUNDAMENTOS E APRECAMENTO

• O que é opção?

O direito de compra ou de venda de determinada commodity a um preço especificado (preço de exercício), dentro de certo prazo (até ou na data do vencimento).

Uma opção é um contrato negociável, em que o vendedor, por um valor em dinheiro (prêmio) dá ao comprador o direito de exigir, dentro do prazo especificado, a compra ou venda de determinada commodity ao preço entre eles acordado (preço de exercício).

• Compra de uma opção

Paga um prêmio
Direito, mas não a obrigação
Risco Limitado ao prêmio pago

• Venda de uma opção

Recebe um prêmio
Obrigação (assume o risco da entrega, no caso de uma opção de compra, ou o risco de recebimento, no caso de uma opção de venda)
Risco Ilimitado

• Call è Opção de compra
• Put è Opção de venda


• Quando se compra uma opção, não se tem o ativo objeto, mas apenas o direito de comprá-lo ou vendê-lo a determinado preço em determinada data.
• Preço pelo qual uma opção começa a ter valor de liquidação no exercício.
• Preço pelo qual estaríamos dispostos a comprar ou a vender determinada commodity.


ESTILO DE OPÇOES
• Americana
Opção que pode ser exercida a qualquer tempo, antes do vencimento
• Européia
Opção que pode ser exercida apenas na data de vencimento;
TIPOS DE OPÇÕES
• no-dinheiro - Quando o preço de exercício e o preço de mercado de uma opção são iguais;

• dentro-do-dinheiro - Opção cujo preço de exercício é abaixo do preço de mercado, no caso de uma opção de compra;
• ou cujo preço de exercício é acima do preço de mercado, no caso de uma opção de venda;

• fora-do-dinheiro;- Refere-se a uma opção sem valor intrínseco;
• O preço de exercício está acima do preço de mercado numa opção de compra, ou abaixo do preço de mercado numa opção de venda;

48- Funcionamento do mercado de Opções

48- Funcionamento do mercado de Opções

O que são exatamente opções e para que servem?

As opções nada mais são do que direitos que se negociam para o futuro.
Existem dois típos básicos de opções, a Opção de Compra (Call Option) e a Opção de Venda( Put Option).
Elas funcionam de forma análoga a de um seguro de carros. Quando se tem um carro de R$30.000,00, pode-se fazer um seguro de carro, onde o comprador compra o seguro, ou a opção de ganhar parte do valor de um novo carro caso o seu seja roubado por exemplo. Para isso, paga-se um prêmio, inferior ao Valor do Carro, Suponhamos que R$1.000,00, Se o carro for roubado, a Seguradora pagará ao comprador R$25.000,00.Se o carro não for roubado, ao fim do contrato, o seguro virará pó.
No caso do açúcar, uma empresa de refrigerantes, que precisa comprar açúcar para a sua produção do próximo ano poderá fazer a seguinte estratégia, imaginemos que o preço futuro esteja em 10,00cts/lb, este valor será interessante para a compra, contudo, a empresa acredita que o preço irá cair para 6,00cts/lb. Neste momento uma opção de compra do açúcar a 10,00cts/lb estara custando 0,35cts/lb. A empresa que fabrica refrigerantes poderá então comprar a opção de 10,00 call para a data futura, desta maneira, caso o mercado suba, ela estará protegida, pois se na data do recebimento, se o preço do açucar estiver mais caro, acima de 10,00cts/lb, compensará exercer sua opcão de compra, o que daria um preço pago de 10,35cts/lb real do acucar( se imbutirmos o preco do “seguro”). Se a empresa não tivesse comprado a call de 10.00cts/lb e o mercado disparasse para 14,00cts/lb. A Empresa teria que pagar o açúcar a 14,00cts/lb, o que poderia deixá-la com o caixa comprometido.
Se o Mercado for para baixo, por exemplo, para os previstos 6,00cts/lb, a empresa podera comprar o açúcar a este preço,e a opçao virará pó( não exercida), e a empresa terá comprado o açúcar a 6,35cts/lb( se imbutirmos o preço do “seguro” ).

O comprador de uma opção, é o proprietário dos direitos daquela opção, ou seja, cabe a ele decidir, se exercerá ou não o valor daquela contrato.
Se o comprador compra uma call, e decide exercê-la, ele comprará do vendedor da opção, um contrato futuro daquela tela pelo strike-price pre-determinado. O Vendedor recebe, o prêmio da opção no ato do negócio, e se for exercido, venderá o contrato futuro no preço estabelecido.
48.1- CASE – USINA SANTO ANDRÉ





No dia 05 de janeiro de 2008, com o preço da tela de Julho08 (N8) em 11,70cts/lb, um produtor de açucar( Usina Santo Andre) resolve comprar uma opção de venda de Julho08 com preço de exercício de 11,50cts/ lb (N8 11,50p) pagando 0,10cts/lb. O produtor, acredita que o mercado podera subir, contudo quer hedgear sua posição, precificando sua mercadoria no preco mínimo de 11,50cts/lb( estará vendendo açúcar a 11,40cts/lb se descontarmos o premio pago pela opção).
Desta maneira o produtor Espera Conseguir no mínimo um Lucro de USD30.000, que pague o plantio da próxima safra.
A estratégia do produtor foi correta?
Sabendo a funcao custo e funcao receita do Produtor a estratégia do produtor foi correta?
Suponhamos que a Função Custo do Produtor seja dado por:
C=$10.000 +12320Q + 1120PP
A Função Receita do Produtor Será:
R=(1120*Q*F) – 1120PR
Onde Q= Quantidade de Lotes de 50,8TM produzidos, PP=Prêmio de Opções Pagas, PR= Premio de Opcoes Recebidas, F= Preco Fixado no Futuro




Cenário 1:
No dia 13 de Junho, no vencimento das opções de Julho, o mercado dispara a 16,50cts/lb devido ao movimento especulativo de fundos. O produtor resolve então fixar seu açúcar e vende contrato futuro a 16,50cts/lb. A opção de venda a 11,50cts/lb neste momento não terá valor algum, pois não compensa ao produtor exercê-la. Ao lançador da opção( o vendedor), terá lucrado os 0,10cts/lb que recebeu pela venda da opção.
Nenhuma Opção foi Vendida, logo PR = 0,
Então a Função Lucro será dado por:
L= 1120QF – (10.000+12320Q+1120PP)
Q=100, F=16,50, PP=0.10
Daí,
L= (1120 * 100*16,50) – (10000+12320*100+1120*0,10)
L= 1.848.000 – 1.253.200
L=USD 594.800
Cenário 2: O mercado cai frenéticamente, devido a excesso de produção na India e Brasil, e no dia 13 de junho, vencimento das opções de Julho, o Futuro N8 é negociado a 6,00cts/lb. O produtor resolve então exercer sua Put de 11,50.
Então a Função Lucro será dado por:
L= 1120QF – (10.000+12320Q+1120PP)
Q=100, F=11,50, PP=0.10
Daí,
L= (1120 * 100*11,50) – (10000+12320*100+1120*0,10)
L= 1.288.000 – 1.253.200
L=USD 34.800,00

Cenário 3: O que Teria acontecido ao Produtor se ele não tivesse se protegido, e Fosse precificar sua mercadoria no dia do vencimento da tela de Julho, quanto o mercado estivesse a 6,00cts/lb???

Função Lucro será dado por:
L= 1120QF – (10.000+12320Q+1120PP)
Q=100, F=6,00, PP=0.00
Daí,
L= (1120 * 100*6,00) – (10000+12320*100)
L= 672.000,00 – 1.242.000
L=(USD 570.000,00)

47- Opções sobre futuros

47- Opções sobre futuros

Muitas vezes, o objeto das opções são contratos futuros ou seja, negocia-se o direito de compra ou vender um contrato futuro quando um titular exerce seu direito, ganha uma posição no mercado futuro.
Por exemplo: para um agricultor pode ser muito bom comprar uma opção de venda sobre o contrato futuro de açúcar em setembro e só exerce-la caso lhe seja conveniente, próximo da colheita( em maio) . esse cafeicultor ganharia uma posição vendida no contrato futuro e poderia até entregar o produto na bolsa caso lhe interessasse.
Dois argumentos são usualmente apresentados para a emergência de opções sobre futuro, ao invés de opções sobre as commodities físicas.
1.Opções negociadas sobre contratos futuros estão sujeitas a menores restrições de liquidez no seu exercício. Enquanto o mercado à vista de uma commodity é limitado. A oferta disponível para entrega contra a opção de um contrato futuro é muito maior podendo ser expandida quase ilimitadamente. Portanto, problemas potenciais de liquidez são muito menos severos quando as opções são negociadas sobre futuros.
2.Os requisitos de capital para se tomar uma posição no mercado futuro são muito menores do que quando se toma uma posição no mercado físico da commodity que, nesse ultimo caso, significa pagar a vista o seu valor total.

46- A Evolução dos Derivativos

46- A Evolução dos Derivativos



A Negociação a futuro apresenta consideráveis vantagens sobre a negociação de contratos a termo. Pode-se dizer que, após a introdução dos mercados futuros, as operações feitas com o objetivo de proteção de preço ganharam maior flexibilidade, reduziram as exigências de garantias contra os riscos de crédito das partes e possibilitaram uma maneira mais eficiente de definicao dos precos descobertos nos pregões das bolsas.
A Evolução dos derivativos continuou com o surgimento e consolidação dos mercados de opções e, mais recentemente na década de 1990, com uma notável expansão das operações de swaps.
O instrumento opções já era conhecido e negociado desde o século XVII. A razão de seu reaparecimento tardio deve-se sobretudo, à regulamentação governamentao, temerosa do potencial especulativo causado pela sua alta alavancagem.
O uso moderno de opções no Brasil começou no mercado de ações na década de 1970 e no mercado de derivativos financeiros na década de 1980. A utilização de opções sobre o mercado à vista e sobre contratos futuros de commodities agropecuários é ainda mais recente.
Com relação ao mercado de swaps, as primeiras negociações com estes derivativos ocorreram entre empresas não financeiras, com a intermediação de instituições financeiras. Em uma segunda fase também passou a ser feito entre insituições financeiras. O aparecimento das bolsas de futuros, realizando o registro de tais transações, caracteriza a terceira fase do desenvolvimento desse instrumento.

45- Liquidação dos contratos

45- Liquidação dos contratos

Vamos exemplificar a liquidação usando alguns dos contratos futuros listados na BMF. Existem normalmente 3 formas de se desfazer do contrato.
è Reversão; Entrega Física; Liquidação Financeira
A reversão pode ser feita a qualquer momento entre o inicio da operacao de compra ou venda e o vencimento dos contratos. O interessado deve comunicar ao seu corretor a intenção de compra de contratos para o mesmo vencimento. Caso sejam feitos negócios, a liquidação é feita pelo correspondente número de contratos revertidos. No caso de comprar um vender todos os contratos necessarios, a posição é totalmente liquidada e cessam todas as obrigações do interessado com a bola.
A entrega física quando a commodity negociada a futuro admite entrega física, como é o caso de alguns produtos agrícolas e combustíveis, o encerramento pode ser feito pela entrega no vencimento. Nesse caso, deverá ser emitido um aviso de liquidação por entrega pelo vendedor em um período definido pela bolsa.

44-Natureza dos contratos em aberto

44-Natureza dos contratos em aberto

Vale a pena comentar com maiores detalhes a natureza econômica dos contratos em aberto. O total das posições short e long existentes em um determinado momento e que sao sempre iguais é chamado de contratos em aberto.
Uma corretora, que está long em contratos futuros, pode cumprir sua obrigação de duas maneiras: acertar o recebimento da commodity durante o período de entrega ou alternativamente, vender uma posição identica para alguém que escolha comprá-la( Reversão de posição).
Por outro lado, uma corretora que está Short em um contrato futuro pode cumprir sua obrigação realizando a entrega do ativo ou comprando uma posição odêntica de uma outra pessoa.
O volume de contratos em aberto é usado como um indicador para o estudo de tendências de preços e volume de negócios nos mercados futuros. Exemplo: Uma forte alta de preços acompanhada por uma redução substancial de posições em aberto pode indicar uma situação circunstancial e que se espera seja pouco duradoura no mercado. No mercado futuro de café, próximo ao vencimento, os vendedores que não desejam ir para a entrega procuram encerrar suas posições, mas nao incentivam a entrada de novos compradores, fato que poderia sustentar e prolongar a alta de preços.

43-Sistema de Salvaguarda de bolsas

43-Sistema de Salvaguarda de bolsas
A câmara de compensação, clearing house, assume a posição de contraparte em todos os negócios e garante seu cumprimento. Para tal, protege a sua posição exigindo garantias por parte de seus membros. Dentre os procedimentos que a clearing pode adotar, geralmente destacam-se os seguintes:
Liquidação Diária de perdas e ganhos: A clearing apura os ajustes diários, que são pagos ou adquiridos pelos clientes, conforme a movimentação de preços tenha sido respectivamente, desfavorável ou favorável para as posições em aberto.
Margens iniciais: Sempre que um cliente abre uma posição, ou então aumenta uma posição já existente no mercado de futuros, deve depositar e manter fundos conhecidos por margens. Essas margens são depositadas pelos membros de compensação junto a clearing.
Limites de posições: Objetiva estabelecer quotas máximas para cada participante a fim de controlar a concentração de mercado. Existem muitas críticas ao estabelecimento dos limites de posição, pois são de difícil fiscalização e podem comprometer a formação dos preços.
Garantias permanentes: São garantias prestadas pelos clientes e diretamente constituidos pela camara de compensação; além disso, assumem varias formas, dependendo da bolsa e da organização da clearing.
Limites de Garantias diárias de preços: Como as margens objetivam garantir a clearing contra o risco do não cumprimento que possa ocorrer entre o momento em que o descumprimento é detectado e aquele em que a situação é resolvida é um passo cautelar relacionar estas margens com uma variação máxima de preços que possa ocorrer entre esses dois momentos.
Circuit Broker: Objetiva impor limites de oscilações de preços afim de atenuar a volatilidade do mercado.
Limites Operacionais: São os limites diários de abertura de posições que são determinados em função de garantias permanentes depositadas pela capacidade financeira de seus membros.
Disclosure de posições: Objetiva divulgar a concentração de posições geralmente para os comitentes individuais, ou associados a algum grupo, que transacionam acima de certo limite.
Ajustes Diários: O preço de ajuste, em geral, é determinado no chamado call de fechamento do pregão, que ocorre após o encerramento do horário normal de negociação do contrato em pregão, sendo estabelecido pela cotação do último negócio ou pela melhor oferta prevalecente ao encerramento do call.
Call de Fechamento: representa alternativa de definir o preço de ajuste com base no último preço praticado no mercado. A concentração de operações no call facilita a obtenção de preço representativo e visivel ao mercado. Além do call do fechamento, alguns mercados realizam outros calls, na abertura ou no meio da sessão.

Considere o caso do mercado de câmbio, no qual os contratos sao de U$50.000 e a cotação é de RS/U$1.0000
Para as posições abertas no mesmo dia, os ajustes diários podem ser apurados de acordo com a seguinte forma.

AD=(Pat-Po)x50xn
AD=Valor do Ajuste Diario
Pat=Preço do ajuste do dia
Po=Preço da operação
N=Número de Contratos
Para as posições abertas no dia anterior, os ajustes podem ser expressos como
AD=(Pat-(Pat-1))x50xn
Sendo AD positivo, o agente comprado em contratos recebe ajuste diário do agente vendido.

42-Contratos Negociados e posições em aberto

42-Contratos Negociados e posições em aberto

O Sistema de segurança das bolsas é responsabilidade de uma clearing house. Quem são as partes envolvidas, quais são os tipos de segurança adotados, desde a compra e venda de um contrato em bolsa até a sua liquidação, serão assuntos abordados a seguir. Isto permitirá entneder como se calcula o ajuste diário e quais as maneiras de acompanhar uma operação na bolsa.
A negociação nos mercados futuros é realizada por meio de contratos padronizados. Ao estarem referenciados em uma mercadoria bem definida, em quantidade e condições de entrega claramente pré-estabelecidas, os participantes podem assumir e cancelar obrigações simplesmente pela execução de operações opostas.
Considere o caso das operações realizadas pela empresa fictícia BrasilTrade:
23.06 – Compra 500 contratos de taxa de cambio( futuro de dolar) para 01.12 ( vencimento dez) a R$2240/USD1000.
18.10 – Vende 500 contratos de taxa de cambio a R$2233/USD1000.
Podemos dizer que entre 23.06 a 17.10 a empresa estava LONG e sua posição estava em aberto.
19.10- Vende 500 contratosà a empresa ficha SHORT ( vendida).

Diariamente, centenas de compradores e vendedores negociam no mercado. A Administração desses procedimentos exige a participação de uma instituição que determine os procedimentos de registro de operações, o controle de riscos e a liquidação financeira. Essa instituição é a Clearing de Ativos.
Dentre as funções da clearing estão:
Determinar as garantias exigidas a todos os interessados em participar do mercado; inclusive dos intermediadores.
Fixar os procedimentos de liquidação periódica, os chamados ajustes diários, que evita o acúmulo de grandes valores a serem pagos por uma das partes e propicia a entrada e saída dos participantes sem qualquer dívida remanescente de um dia para o outro.
Impõe limites nas operações, no números de posições em aberto e na oscilação máxima de preços admitida de um dia para o outro.
Emite relatórios detalhando os valores a receber e a cobrar de cada participante.

41-Negociação de Contratos Futuros

41-Negociação de Contratos Futuros


A Negociação em bolsa está sujeita a um conjunto de normas, princípios, regras operacionais próprias, caracterizando-se pela existência de diversas categorias de membros com funções e responsabilidades específicas.
Quando um cliente dá uma ordem de compra ou de venda, ela é canalizada para um membro negociador. A corretora,a qual tentará fechar negócio na bolsa estabelecendo assim uma relação entre o cliente e a corretora que vai executar a ordem. O cliente deposita diversas garantias que, aso superiores aos mínimos estabelecidos, são livremente negociadas entre ela e a corretora.


Corretoras e Pregão
Para negociar no mercado futuro, tanto o vendedor, quanto o comprador devem operacionalizar as suas intenções através de uma corretora de mercadorias que seja membro da bolsa.
Essas corretoras são credenciadas e participam do pregão através de seus operadores de pregão e, além de executar as ordens de seus clientes, acompanham as suas contas e zelam pelo cumprimento das obrigações e direitos dos seus clientes.
Todas as transações de futuros precisam ser realizadas em pregão, obedecendo as regras rígidas de controles, transparências e ajustes financeiros.
As bolsas nao participam de forma alguma na formação de preços. Elas nao compram ou vendem e não tem nenhum interesse que preços fiquem altos ou baixos em momento nenhum do pregão.
A renda da bolsa vem da venda de licenças para operação, taxas operacionais e outras fontes menores de receita.

O papel da Bolsa é fornecer um local, denominado pregão, onde são disponibilizados facilidades para a operação, efetização dos negócio, zelar pela continuidade, eficiência, equidade e transparência das negociações.





40-Condições Econômicas que justificam os contratos

40-Condições Econômicas que justificam os contratos
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Diversas commodities e ativos financeiros servem como base para contratos futuros. Eles costumam ser classificados em 5 grandes grupos – Financeiros, metais, agropecuários, energéticos, produtos industrializados.
Não existem formulas precisas para indicar quais commodities ou ativos financeiros podem ou não ter contratos futuros negociados. O grande problema está em como conseguir interessados em negociá-los, com a frequência e volume que lhes deêm um mínimo de liquidez.
Estima-se, com base na experiência de bolsas do mundo inteiro, que cada dez novos contratos lançados, apenas um têm êxito.
Porém a experiência aponta para alguns pré-requisitos:
àMercado Físico: Deve haver um grande mercado físico. Quanto maior for o contrato comercial, maior a probabilidade do contrato futuro dar certo.
àAtomização: Mercado comercial deve ser competitivo. Para que o mercado seja competitivo e com livre formação de preços.
àHomogeneidade: Produto deve ser passível de padronização.
àMercado Livre: O mercado não deve sofrer excessiva intervenção governamental, principalmente controle de preços e comercialização de produtos.
àPerecebilidade: Não pode ser muito perecível, pois será difícil estabelecer regras de datas de vencimento.
àRegras Estáveis: Regras no mercado a vista devem ser estáveis.
àVolatilidade: Deve ser volátil para causar desconforto e apreensão aos partiicpantes do mercado, e induzí-los a administrar o risco de variação de preços.
àInformação: Disponibilidade alta

39-Contratos Futuros e Bolsas de Futuros

39-Contratos Futuros e Bolsas de Futuros

A padronização de contratos futuros representa uma evolução histórica na forma de negociação de diversas commodities. Ao promover essa mudança, as Bolsas atendiam necessidades específicas de gestão do risco de preço dos agentes. Os mecanismos de funcionamento dos mercados futuros, por sua vez, reforçavam o papel central das bolsas como centro de negociação.
A Negociação no mercado de futuros é realizada por meio de contratos. Um contrato futuro é um acordo para comprar ou vender uma commodity ou um instrumento financeiro em determinada data no futuro. Tudo no contrato é padronizado, com exceção do preço.
Todos os termos sob os quais o ativo será transferido são estabelecidos pela bolsa antes de começar a negociação. É muito importante que não haja ambiguidades e que todas as cláusulas estejam bem claras para os participantes.
Especificações dos contratos: Os termos de negociação são resumidos nas chamadas especificações dos contratos, que dentre outros, incluem os seguintes itens:
ü Ativo objeto
ü Tamanho do contrato
ü Apregoação ( ex: cts/lb)
ü Vencimento
ü Último dia de negociação
ü Data de Entrega
ü Local de Entrega ou mecanismo de liquidação
Liquidação do Vencimento
As condições de liquidação o vencimento são bem detalhadas estabelecendo que:
É prerrogativa dos vendedores interessados em liquidar seus contratos por entrega no vencimento, encaminhar o aviso de entrega em um período estabelecido pela bolsa.
Os compradores interessados são atendidos conforme a antiguidade da negociação( operações mais antigas tem preferência).
Os participantes, que não desejam realizar a liquidação por entrega, devem encerrar suas obrigações com operações opostas, ou como se diz corriqueiramente, pela “reversão das posições” .

38-Os Hedgers e os Especuladores

38-Os Hedgers e os Especuladores

Um dos participantes dos mercados de derivativos é o chamado hedger. Ao negociar contratos nestes mercados, objetiva administrar sua incerteza sobre o comportamento dos preços. É como se ele “escolhesse” o preço ao qual vai realizar suas transações em um momento futuro. Isto se assemelha a um seguro que permite transferir o risco para a seguradora.
Estes agentes assumem posição no mercado futuro, de modo a buscar proteção contra as flutuações de preços do ativo em questão.
Essa definição, no entanto, reduz o papel do hedging ao de uma grande seguradora de riscos.
Essa definição, é fácil de ser entedida, mas não leva em conta que os produtores estejam interessados em maximizar seus lucros.
Proteção: Um trader comprou café de um produtor rural. O seu risco é de queda da saca da commodity. Ao estar “comprado” no mercado físico, faz “hedging” vendendo contrato de café futuro na bolsa, em igual quantidade.
O banco que fez funding ( captou $) vendendo dólares para emprestá-los a seus clientes por 30 dias, está vendido em dólares e corre o risco de valorização cambial, para cobrir-se, faz hedging comprando futuro de dólar, pelo mesmo valor da captação.

Mas para quem os hedgers transferem o risco de preço?
A transferência pode ocorrer para outro hedger ou para outro agente participante desses mercados. Os Especuladores.A maior motivação dos especuladores e a oportunidade de alavancagem. Em todos os casos, é o especulador quem aumenta a liquidez dos mercados.

37-Funções dos Mercados Futuros

37-Funções dos Mercados Futuros

Os mercados futuros são muito versáteis e convenientes aos participantes que negociam contratos futuros de commodities e instrumentos financeiros. As duas principais vantagens são o “hedging” e a “descoberta de preços”.

àA função básica dos mercados futuros é permitir que todos os que tenham um interesse comercial por um ativo financeiro ou uma commodity possam se prevenir de variações de preços adversar que possam ocorrer no futuro.
No linguajar do mercado, denomina-se hedging o ato de defender-se contra variações contrárias nos preços, visando administrar os riscos inerentes à sua atividade, e hedge como sendo defesa em si.
Assim, tanto um produtor de café que está com receio de que o preço caia na colheita, como uma empresa que assuma um contrato de importação de equipametos e está preocupada que o valor do dólar se eleve até o momento de efetivar o contrato, são hedgers potenciais.
àA transparência na determinação dos preços das commodities e ativos financeiros negociados a futuro pelas forças de oferta e demanda outorga confiabilidade as cotações disseminadas para o resto da sociedade.
Dessa maneira, o preço futuro de uma commodity ou instrumento financeiro, estabelecido na bolsa em determinado dia reflete o consenso dos agentes de mercado naquele dia sobre o valor desses ativos em um ponto futuro do tempo. A este processo, dá-se o nome de DESCOBERTA DE PREÇOS.
De posse da expectativa de preços para uma determinada data futura, os agentes de mercado podem realizar, de modo mais eficaz, o planejamento estratégico de suas atividades, orientando suas decisões com base em preços que serão praticados em um momento futuro.

36- Surgimento dos Mercados Futuros

36- Surgimento dos Mercados Futuros



Os contratos a termo nao eliminavam o risco da contraparta não honrar o contrato. O risco de crédito está relacionado com a ausência do sistema de garantias adequado. Os negócios para liquidação a termo envolvem elevados riscos dessa natureza.
A incerteza cm relação ao crédito e o cumprimento do contrato também representam grandes fatores de desistímulo a esse tipo de negociação.
Para resolver o problema, historicamente, desenvolveu-se uma nova prática. Comprador e Vendedor, depositavam uma soma de dinheiro junto a um terceiro.Caso uma parte não honrasse o acordo, a outra parte receberia o dinheiro como reembolso pela incoveniencia ou perda financeira.















No entanto, outros problemas permaneceram, especialmente nos mercados agrícolas. Os contratos a termo especificaram o prazo e o local da entrega da mercadoria assim como sua qualidade mínima e a quantidade sendo negociada. Apesar dessas especificações, na prática diária surgiam, muitas dúvidas, contrariedades e disputas.
· Inadequação dos sistemas de armazenamento
· Variações nas condições de pagamento de um contrato para outro
· Falta de transparência na formação dos preços; não existe nenhum tipo de divulgação formal dos preços praticados.
· Impossibilidade de recompra ou revenda caso uma das partes desejar sair do contrato antes do prazo. Os contratos a termo são particulares e pessoais, ou seja, suas especificações só atendem as necessidades de seus detendoes, logo o detentor dificilmente encontrarão outro participante que aceite assumir sua posição, o que o obriga a permanecer no mercado até o vencimento do contrato.
· Inexistência de um organismo que resolva enventuais problemas que surjam neste momento. Cabe as partes a liquidação dos contratos-operações.

As bolsas de produtos derivativos surgiram com o propósito de sanar essas deficiências, o que aumentou a eficiência da comercialização no setor agrícola, em especial, os Estados Unidos.
Muitas características dos contratos futuros surgiram como aperfeiçoamento dos pontos falhos dos contratos a termo. As bolsas desenvolveram padrões de qualidade e unidades de medida para cada commodity. Isso levou a negociação de contratos com quantidade, qualidade, data de vencimento e condições de entrega das commodities padronizadas.
Um aspecto fundamental foi resolver o problema que surgia quando uma das partes queria cancelar o contrato a termo.
Era praticamente impossível encontrar um subsituto interessado na quantidade, qualidade, e condições de entrega previstas nestes contratos específicos, a nao ser pagando um alto custo por isso.
A padronização dos contratos mitigou substancialmente o problema. Os contratos podiam passar de mão em mão com maior facilidade.
Restava, porém, o risco de conciliar o comprador final com o vendedor final do contrato. As Câmaras de compensação representaram grande avanço nesse sistema. Passaram a registrar todas as transações e a documentar a entrega da commodity dos vendedores para os compradores e o respectivo pagamento por eles.
A operação de compensação também facilitou a liquidação financeira dos contratos futuros, já que os mesmos podiam ser trocados facilmente.

LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA

Suponha que tenha comprado em junho um contrato futuro de uma cesta de ações com vencimento em agosto.Em julho decida sair do contrato, basta vender o contrato com o mesmo vencimento.
A conveniência da liquidação financeira trouxe grande benefício adicional para o mercado, permitindo a entrada de especuladores ( o que aumentou a liquidez).
Na verdade o vendedor vende para a câmara de compensação e o comprador compra da câmara de compensação.
A padronização dos contratos e a criação da clearing contribuiram sobremaneira para aumentar a eficiência do mercado. Possibilitando a existencia de um mercado com alta liquidez. Quanto mais rápido o preço for determinada e mais líquido o mercado, maior será a eficiência de seu desempenho.

35- Mercados A Termo

35- Mercados A Termo

Exemplo de operação a termo: Imagine uma situação de uma usina de açúcar( produtor de açúcar) e de uma empresa de bebidas( comprador de açúcar) no início da safra. O produtor não tem nenhuma garantia do preço que poderá ser praticado ao final da safra, já o comprador, que compra o açúcar do produtor e vende para o consumidor final, também não sabe a que preço poderá negociar o açúcar no final da safra, pois, de uma forma geral, podem acontecer duas situações. A) As condições climáticas favoreceram o cultivo de cana de açúcar e ocorreu superprodução no período. O excesso de oferta levará a uma queda acentuada de preços de venda, reduzindo a margem de lucro do produtor. Pode ser até que o valor das vendas seja até insuficiente para cobrir os custos de produção. Nesse caso, o Produtor poderá preferir destruir o açúcar a colocá-lo no mercado, pois, dessa forma, ele minimizará seus custos com armazenagem e transporte e ao mesmo tempo, poderá conter a pressão da oferta. B) A ocorrência de pragas, geadas ou outras intempéries dificultará o cultivo, provocando a sua escassez. Essa situação também poderia ser causada pela existencia de problemas vinculados a logística da safra ou então por eventos externos que estimulem as exportações em detrimento do abastecimento local. Nesses casos, haverá alta de preços do açúcar e o produtor conseguirá vender sua produção por preço mais elevado do que ele imaginava anteriormente. No exemplo, o vendedor estará correndo o risco de queda acentuada nos preços e o comprador, de uma alta nos preços do café no mercado a vista no final da safra. Afim de eliminar os riscos de variações adversas de preços,a empresa de bebidas e o produtor poderão realizar contratos a termo com as características descritas a seguir. Suponha que ao preço de R$100 para cada saca de 60 kg, o produtor consiga pagar todos seus custos de produção e ainda obter lucratividade razoável dentro de sua atividade. Suponha também que R$100 seja o preço máximo que o comprador ossa pagar para auferir lucro e nao realizar prejuízo em sua atividade. Para ambos, R$100 é um preço de negociação razoável. Logo, o comprador e o produtor, por meio de um contrato a termo, poderão fazer um compromisso de compra e venda, em que o produtos se compromete a vender açúcar de uma determinada qualidade em um local específico a esse preço no final da safra e o comprador se comprimete a comprar esse açúcar por essa quantia e na data pre-determinada. Dessa forma, independente do resultado da safra e dos preços no mercado a vista ambos terão o preço à R$100. Supondo uma safra recorde: No final da safra, estará vigorando o preço de R$90 a saca. O produtor obterá êxito nessa operacao , pois conseguirá vendr sua produção por R$100, um preço superior a R$90. Os custos de produção serão cobertos e a lucratividade estará garantida. O comprador pagará um preço mais alto do que o preço de mercado a vista, mas que ainda lhe convém, pois R$100 é razoável dentro de sua atividade. O inverso também é valido para um preço de R$110 a saca. Tanto para o comprador como para o vendedor, no mercado a termo e nas duas situações, o prejuízo realizado não será encarado como um prejuízo propriamente dito e sim como algo que se deixou de ganhar, como se tivesse sido um prêmio de seguro.

34-Panorama Mundial dos Derivativos

34-Panorama Mundial dos Derivativos

Os mercados de derivativos têm tido um rápido crescimento em todo o mundo. Tal cenário está associado ao uso, cada vez mais difundido, da engenharia financeira para operações entre bancos, empresas e investidores, principalmente no setor financeiro e corporativo alcançando também outros segmentos da economia ( Agricola, combústiveis, entre outros).
No mercado de bolsas, segundo dados da FUTURES INDUSTRY ASSOCIATION (FIA), foram negociados 9.9 bilhões de contratos em 2005 nas 58 bolsas existentes no mundo.
BOLSAS Contratos
1. CME (Chicago Mercantile Exchange) 550.000.000
2. EUREX(Eurex Deushschland) 520.000.000
3. CBOT 330.000.000
4. Euronext 220.000.000
5. MEXDER 150.000.000
6. BM&F 120.000.000

Existe Grande variedade de contratos negociados atualmente.
Ø Taxa de juros
Ø Moedas estrangeiras
Ø Indices
Ø Graos
Ø Carnes
Ø Alimentos e fibras
Ø Metais
Ø Energia
Os contratos agrícolas de commodities agropecuárias, as mais tradicionais do mercado, continuam a crescer em volume de negociação. No entanto, a taxa de crescimento da negociação de contratos futuros de instrumentos financeiros é muitíssimas vezes maior, fazendo com que, em termos relativos, os primeiros tenham sua posição diminuida.
4-Do mercado a termo ao mercado de Futuros

As operações a termo solucionavam alguns problemas importantes na comercialização agrícola do século XIX. Contínuos aperfeiçoamentos deram espaço a um novo mercado, em que hedgers e especuladores propiciaram importantes contribuições à atividade econômica.
Os Mercados a Termo
A origem dos mercados a termo está associada ao problema que a sazonalidade dos mercados agrícolas produz nos preços das commodities. Para se proteger dessas variações de preços, comprador e vendedor acordavam em um preço do ativo ou commodity que seria entregue no futuro, em uma data determinada.

33- O Surgimento dos Mercados de Derivativos




33- O Surgimento dos Mercados de Derivativos


É sempre complicado tentar estabelecer data precisa para o início da evolução de um mercado. Geralmente a evolução é lenta, as experiências com êxito são depuradas e, gradualmente a instituição vai amadurecendo. Além disso é comum haver descontinuidades, podendo um instrumento ficar “esquecendo” durante algum tempo para depois reaparecer.
Estima-se que os primórdios dos mercados de derivativos remontem a muitos séculos. Seu princípio básico - contrato hoje, entrego depois - parece ter vigorado já por volta do ano 2000 a.C, quando mercadores da península arábica recebiam bens de comércio da Índia, existindo apreciável intervalo de tempo entre a aquisição desses bens e a data de sua efetiva entrega.



Foto: Thales de Mileto


É bastante conhecida do mercado também a história do Tales de Mileto. (c.625-558 a.C.) – Matemático e Filósofo Grego.[1] Diz a lenda que indagado porque os filósofos não eram ricos, já que tinham um vasto conhecimento, Thales de Mileto resolveu provar que se quisesse poderia ser rico e usou seu conhecimento astronômico e metereológico, prevendo uma grande safra de azeitonas no ano seguinte. Então, ele alugou todas as prensas de azeite de oliva da região, quando não havia demanda real por elas a um preço baixíssimo, e quando chegou a epoca da colheita, no verão, Os produtores de Azeite de Oliva, tiveram que pagar a ele pelo uso das prensas, e como ele havia se tornado o monopolista das prensas naquele período, ele as alugou por um preço muitas vezes maior ao preço que ele havia pago, ganhando por fim uma grande quantia em dinheiro. Esta seria a primeira história de fato que determinaria o conceito de mercados futuros, Thales de Mileto, teria previsto que o preco das prensas iria se elevar, e “comprou” com um ano de antecedencia as prensas, para “revendê-las” mais caro no momento futuro.
No entanto, apenas no início do século XIX, ocorreu o nascimento efetivo dos moernos mercados futuros.
A euforia de negócios causada pela grande imigração, a marcha para o Oeste eo grande avanço da agricultura no Meio-Oeste agiram como catalisadores para o deslanche desse mercado. Na década de 40, a cidade de Chicago, Estado de Ilinois, situada no Meio-oeste, começou a despontar como cnetro de comercialização para fazendeiros de Estados adjacentes. Chicago tinha localização estratégica, pois podia receber grãos de todo o fértil meio-oeste e enviá-los pelos grandes lagos e canais para a costa leste, sendo ainda um dos maiores centros ferroviários dos Estados Unidos.
Havia, entretanto, grande problema de desequilíbrio no mercado. Na época da colheita, no outono, os fazendeiros despachavam seus produtos apra Chicago. As vezes, a produção de trigo e milho era muito superior à demandada pelos compradores, obriando os fazendeiros a jogarem o excedente de seus produtos no lago Michigan, pois não existiam silos e depósitos com capacidade suficiente para armazená-los. Quando chegava a primavera, ocorria o oposto, grande escassez de grãos.
A escassez em um período e a abundância em outro provocavam muitas e grandes oscilações nos preços dos grãos, causando problemas para os fazendeiros, comerciantes e consumidores de produtos derivados de grãos. Logo, o mercado encontrou meios para lidar com esse problema.
Em 1842, 82 dos maiores comerciantes de grãos de chicago uniram-se para criar uma bolsa organizada – a Chicago Board of Trade ( CBOT). Seu principal objetivo era promover o comércio na cidade e arranjar local adequado apra que compradores e vendedores pudessem negociar as commodities.
O estabelecimento da bolsa de Chicago ajudou a reduzir as grandes flutuações de preços que ocorriam no mercado, devido a excessos de oferta ou de demanda. Permaneceram, porém, diversos outros fatores que podiam prejudicar a formação de preços.
Em uma primeira fase, o mercado se organizou em torno de operações a vista e a termo. As operações a termo, se por um lado satisfaziam aos produtores, oferecendo-lhes instrumentos de fixação de preços, e aos comerciantes que podiam assegurar os preços de compra das mercadorias, por outro lado impediam o interesse por outros agentes – os especuladores- que poderiam trazer recursos de fora, no circuito da comercialização física das commodities.
Suas necessidades maiores eram a de instrumentos que permitissem facilmente entrar e sair do mercado.
A evolução seguinte, portanto, foi na direção de padronizar esses contratos a termo em relação à:
à quantidade
àqualidade
àdata de vencimento
àlocal de entrega
Com a padronização, tornava-se possível aos participantes que fosse indiferente negociar com uma ou outra pessoa ou empresa, pois de qualquer modo seria entregue a mesma quantidade com a mesma qualidade (considerando a padronização)
A integridade financeira e de entrega física foi conseguida por meio do desenvolvimento das câmaras de compensação ( clearing houses), que estabelecem diversos procedimentos para viabilizar a boa liquidação dos contratos. Dessa maneira foram estabelecidos os princípios básicos nos quais assentam os modernos mercados de futuros.


Até a década de 1970 os mercados futuros eram basicamente mercados de commodities agrícolas e minerais. Tudo isso mudou radicalmente com a chegada dos instrumentos financeiros para o pregão das bolsas de futuros. Até então, não se julgava possível que os mercados futuros pudessem existir sem entrega física do ativo subjacente ao contrato.
A declaração pelos Estados Unidos do fim da inconvertibilidade do dólar em 1971 e o colapso do acordo de Bretton Woods, nos anos seguintes alteraram, radicalmente este quadro.
Os mercados financeiros passaram a se tornar mais voláteis. Fortaleceu-se o mercado de eurodólar, as taxas de câmbio passaram a flutuar, as taxas de juros começaram a ficar mais sensíveis a mudanças domésticas e internacionais e os mercados futuros responderam com a criação de contratos futuros de moedas, taxa de juros e de índice de açõs e viabilizaram a liquidação financeira sem entrega física



A evolução do moderno mercado de opções é ainda mais recente. Em abril de 1973, a CBOT criou nova bolsa, a Chicago Board Options Exchange, para a negociação de opções de ações.
A partir daí outras bolsas, começaram a negociar opções nos Estados unidos, tais como a American Stock Exchange ( AMEX) e a Philadelfia Stock Exchange.
Nos anos de 1980, desenvolvera-se mercados de opções de taxa de câmbio, de índices de ações e de contratos futuros. Atualmente a maioria das bolsas que oferece contratos futuros também negocia opções sobre eles.

[1] Primeira menção ao termo derivativos documentada está em A POLITICA, de Aristóteles.

terça-feira, 27 de maio de 2008

32- Conceitos Básicos de Derivativos

32- Conceitos Básicos

32.1)Derivativos: é o nome dado a família de mercados em que operações com liquidação futura são implementadas, tornando possível a gestão do risco de preço de diversos ativos.
Quatro modalidades de contrato são negociadas nesses mercados:

à Mercados a Termo
àMercados Futuros
àMercados de Opções
àMercados de Swaps

Os mercados Futuros e a termo são os dois dos instrumentos mais eficazes para eliminar o risco de variação de preços dos bens.
O risco de variação de preço existe tanto para um interessado comprador de tal commodity, quanto para um vendedor.

Um produtor, ao optar em produzir açúcar por exemplo, ele resolve produzir quando o valor esperado do lucro futuro é maior que o valor esperado do custo. Inclue-se no Valor esperado do Custo, os Custos Fixos se houver necessidade de fazer algum investimento em máquinas e ativos imobilizados, mas principalmente inclue-se os custos variáveis, como o custo para o nó de cana-de-açúcar para o plantio, o aluguel da terra, o salário dos trabalhadores, a manutenção das máquinas, os produtos necessários para a produção, as máquinas para extração do açúcar cru da cana-de-açúcar, toda a logística envolvida, a energia gasta etc.
O produtor decidirá, racionalmente, produzir açúcar se e somente se, o lucro econômico esperado ao vender a safra, ser maior do que o retorno que algum fundo garantisse se ele tivesse aplicado neste outro mercado.
Para isso, o produtor dependerá do preço do açúcar que ele venderá- Risco de Mercado. Se o preço do açúcar que ele conseguir vender multiplicado pela quantidade produzida for maior que os ganhos econômicos de não produzir, ele será bem sucedido, isso, já erradicando os outros riscos que o produtor estará sucetível, como o Risco Operacional – Risco de não ter uma colheita bem sucedida, em razão da má preparação da terra, erros com inseticidas e adubos incorretos. Risco que pode ser minimizado com um bom gerenciamento da atividade produtiva. O Risco Climático – “relaciona-se ao risco de haver intempéries climáticas, tais como cheias, secas, pragas e outras, que podem por vezes, ser reduzidas por meio de técnicas de irrigação, drenagem, uso de pesticidas”(Mercados de Derivativos e Análise de Risco- Marins, André p.49), etc.
O risco de mercado refere-se ao risco de flutuação do preço do açúcar no mercado. Se na hora da venda, o Preço do açúcar estiver acima do preço mínimo para que o Lucro econômico do negócio seja positivo, o Agricultor se beneficiará da alta do preço, contudo se no momento da venda do açúcar o preço estiver abaixo do preço mínimo para o Lucro econômico seja positivo, o Agricultor sairá prejudicado.
Se o agricultor estiver disposto a abrir mão da possibilidade de ganhar correndo esse risco de mercado, ele deverá operar no mercado a termo ou no mercado futuro, fixando o preço futuro do seu açúcar num determinado momento em que este lhe dê um lucro normal positivo.


As negociações com derivativos podem ocorrer em dois mercados:

32.2) Mercado de Balcão e Mercado de Bolsa
O Mercado de Balcão é, em boa parte dos casos, espontaneo e informal. Surge, geralmente, entre grandes instituições, sem local fixo de encontro, com baixa transparência na divulgação de preços e não segue regras específicas.
É basicamente, um mercado em que as partes negociam diretamente entre si. Assim sendo, os derivativos negociados em mercado de balcão são feitos “sob medida”, existindo grande flexibilidade na negociação dos itens do contrato, tais como a qualidade e a quaintidade do ativo, as garantias do negócio, a forma de liquidação etc.
Exemplos de derivativos do mercado de Balcão:

Contrato a termo: São acordos de compra e venda de um ativo, a um certo preço estabelecido entre as partes, para liquidação em uma data futura específica. Estes contratos são instransferíveis e sua negociação pode ocorrer tanto em mercado de balcão como em bolsa.

Uma das partes assume uma posição comprada (Long Position) e concorda em comprar um ativo subjacente numa data futura especificada por um preço especificado. A outra parte assume uma posição vendida ( Short Position) e concorda em vender o ativo na mesma data e preço.

Payoff dos contratos a termo geralmente de uma posição Long de um ativo se dá por Ps – Pe , onde Ps= Preço do mercado Spot e Pe = Preço da entrega. Isso se dá porque o comprador é obrigado a comprar o ativo pelo preço Pe quando valor real é Ps.
Similarmente o Payoff dos contratos a termo de uma posição Short é dado por Pe – Ps.
É importante distinguir a diferença the preço à termo e o preço de entrega( delivery price)


Swaps: São acordos privados entre duas empresas ou instituições financeiras para a troca futura de fluxos de caixa, respeitada uma fórmula pré-estabelecida. Consistem em um tipo de contrato a termo. Os Swaps podem ser registrados em bolsa para facilitar o uso das garantias quanto ao cumprimento dos itens acordados.

Opções Flexíveis: São acordos privados entre duas aprtes nos quais os termos do contrato são negociados. Com um pagamento inicial, uma das partes tem o direito de comprar ou vender o ativo em certa data a um preço pré-estabelecida, a outra parte da operação recebe esse pagamento como remuneração por sua exposição ao risco.

No Mercado de Bolsa, as bolsas oferecem locais e sistemas apropriados para negociação, registro, compensação e liquidação das operações de compra e venda de contratos e para a divulgação das transações ali realizadas. Além disso, estabelecem mecanismos e normas para o acompanhamento e a regulação dos mercados garantindo a autenticidade das operações e sua boa liquidação. Os contratos ali negociados são padronizados tais como os contratos futuros e de opções.

Contratos Futuros: São acordos de compra e venda de um ativo para uma data futura a um preço estabelecido entre as partes quando da negociação. Esses contratos são padronizadas em relação à quantidade e qualidade do ativo, formas de liquidação, garantias, prazos de entrega, dentre outros e têm negociação apenas em bolsa, sendo possível a liquidação do contrato antes do prazo de vencimento.
Estes Contratos geralmente são negociados em bolsas.Para fazer essa negociação ser possível, a Bolsa especifica os padrões a serem obedecidos por cada contrato. As bolsas também criam um mecanismo que dá a ambas as partes do negócio um mecanismo de proteção de que o contrato será honrado.




Contratos de Opções: São acordos nos quais uma parte adquire o direito de comprar ( ou vender)um ativo a um preço pré-estabelecido até certa data e a contraparte se obriga a vender ( ou comprar ) esse ativo, em troca de um único pagamento inicial. As opções podem ser negociadas em mercado de balcão, caso das opções flexíveis.



32.3) Mercados “ Over the Counter” ( OTC )
O Mercado over the counter é uma alternative importante as bolsas. Medidos em termos de volume total de negócios físicos, tal mercado se tornou muito maior do que o mercado de bolsa. Os negócios geralmente são feitos entre duas instituições financeiras ou uma instituição financeira e um cliente corporate. O que significa que eles geralmente estão preparados para cotar um preço de oferta e um preço de demanda. Uma certa vantagem para o mercado de negócios em bolsa é que os termos do contrato não precisam ser exatamente como os padrões da bolsa. Mas há o risco de crédito, que no mercado de bolsa, virtualmente, é considerado nulo.

26 – LAYTIME

26 – LAYTIME

Um dos fatores importantes para um produtor ou trading que pretende exportar o açúcar é o Laytime- Que é o tempo que se tem para carregar o produto no navio.
Aprofundaremos o estudo de Laytime na ótica de uma Trading para uma maior didática, uma vez que ela é que faz o papel da logística de distribuição. Tendo uma visão geral dos ganhos e perdas de Loading Rates, etc. Faremos uma análise baseada na prática durante meu estágio em Comérco Exterior na Fluxo no Primeiro Semestre de 2007.

TEMPO É DINHEIRO




n “Laytime é o cálculo do tempo acordado entre duas partes para que seja performada a operação de carregamento/descarga sem pagamento adicional.” – John Schofield
Em outras palavras, o cálculo de laytime dirá quanto tempo temos para carregar um navio, e quanto ganharemos de “bônus” se utilizarmos menos tempo, ou quanto pagaremos de “multa” se passarmos o limite de tempo.

As variáveis
n Quantidade de Carga (Q)
n Loading Rate (LR)
n Laytime – dias (T)
n T=Q/LR à x dias
n Exemplo (granel): Q=30.000TM ; LR=6.000 TM/pwwD( per weather working day ).
• T = 30.000TM/(6.000 TM/”D”) = 5 Dias = 120 horas




Conceituação Básica

n DESPATCH/DISPATCH
É o “Bônus”($) pago pelo owner se o navio completa seu carregamento/descarregamento antes do laytime expirar.
n DEMURRAGE
É A “Multa”($) paga ao owner pelo atraso, causado pela contraparte, de completar o carregamento/descarregamento, depois que o laytime expira.

Quantificando o Bônus e a Multa

n Para chegar em um valor em dinheiro multiplica-se os dias salvos/extras por uma taxa chamada Demurrage/Despatch Rate.
Seguindo nosso exemplo: Dado Dem/Des Rate: 20.000/10.000 USD/Dia.
Suponha que tenhamos utilizado 7 dias no carregamento. Laytime permitido 5 dias.
Dem = (5-7)*20.000 USD = (USD 40.000) Due to Owner L
Suponha que tenhamos utilizado 3 dias no carregamento. Laytime permitido 5 dias.
Des = (5-3)*10.000 USD = USD 20.000 Due to FLUXO J

Porque é importante?
n É importante pois quem planeja uma estratégia para laytime obtém LUCRO.
Estratégia Contratual para Loading Rates com cada parte.

LUCRO/PREJUÍZO

n Nem sempre carregar um navio em menos tempo( dispatch ) dá lucro, e nem sempre carregar um navio em mais tempo ( demurrage ) dá prejúizo. O L/P por navio é dado pelos diferenciais de Loading Rate.




ESTRATÉGIA DA TRADING
n Área comercial faz um contrato de venda de 30.000 TM para um comprador A , com LR: 6.000TM/pwwd.
n Área comercial faz um contrato de compra de 30.000 TM com um vendedor B , com LR 8.000/pwwd.
O tempo que teremos para carregar o navio para A será de 30.000/6.000 = 5 dias
O tempo que nosso vendedor B terá para carregar o navio será de 30.000/8.000 = 3dias 18 horas

O NAVIO É NOMEADO...

n A dem/des rate será dada pela Charter Party do navio: 40.000/20.000 USD/D
n O navio é carregado em 4 dias.
Do comprador A teremos:
Des: (5-4)*20.000 = 20.000 Due to Fluxo J
Do vendedor B teremos:
Dem: (3,75-4)*40.000 = (10.000) Due to Fluxo J
GANHA-SE NAS DUAS PONTAS! LUCRO DE USD30.000

n PER WEATHER WORKING DAY: significa são dias de trabalho excluindo qualquer período em que condições atmosféricas impeçam o carregamento, ou teriam impedido se o trabalho tivesse começado.

PRE- NOTICE

n Já sabemos quando termina o tempo de laytime começando em uma determinada data, porém existem regras para o início de contagem do laytime.
n Quando um navio é nomeado, é contado um tempo de pre-notice acordado contratualmente para que seja contado o início do laytime


n Porém, se a nomeação chega muito tempo antes da chegada do navio (NOR), não teria lógica começar o tempo de carregamento sem o navio, nesses casos, quando o navio chega depois do pre-notice, o laytime começa a contar no péríodo útil subsequente a NOR.
Além destas duas regras, existem os Laydays: período de tempo que o navio compromete-se a apresentar no ponto combinado entre as partes. No caso de chegar antes do período combinado, o cálculo do tempo do Laytime não começará até que chegue o dia do início do laydays. E se chegar depois, poderá ser cancelado à canceling laydays

Início de Laytime

O navio dá notícia de prontidão

n NOR 06/09 10h00 2Feira
Nomeação: 01/09 +7dias = laytime começará dia 08/09 ás 8h00.
n NOR 13/09 12h30 2Feira
Laytime começará no período útil subsequente a NOR à 14/09 8h00

Onde encontrar informações importantes?

n Contrato Comercial
n Charter Party ( C/P ) – Contrato de Afretamento do Navio
n NORMAS BOLSAS: #11, #14 NYBOT; #5 LIFFE

NY#11 – Laytime

n 11.08 (2) ii –NOR - WIPON WIBON WCCON WIFBON
Notice of readiness poderá ser dada com essas condições que significam:
Whether in port or not
Whether in berth or not
Whether custom cleared or not
Whether in free pratique or not
n Uma vez que a NOR se efetive, o navio deverá ser ancorado e o entregador iniciará o carregamento. O tempo que o navio fica na fila do berço será por conta do entregador( ou seja o tempo não é descontado do laytime)
n 11.08 (2) IV – Loading Rate será de 4.000LT = 4064MT
Navio deverá ter no mínimo 4 escotilhas e 4 porões( 4hatches/holds), se tiver menos de 4, o tempo deverá ser contado proporcionalmente por número de porões.

23 – INCOTERMS

23 – INCOTERMS


Incoterms ( International Commercial Terms ) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo um conjunto-padrão de definições e determinando regras e práticas neutras, como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro.
Enfim, os Incoterms têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras internacionais, imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base dos negócios internacionais e objetivam promover sua harmonia.
Na realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e comprador, quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local onde é elaborada até o local de destino final (zona de consumo): embalagem, transportes internos, licenças de exportação e de importação, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais etc.




CATEGORIAS DOS INCOTERMSOs Incoterms foram agrupados em quatro categorias por ordem crescente de obrigação do vendedor.





A) FCA
FCA - Free Carrier (...named place)
• O vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para a exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local determinado;
• A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o comprador responsável por todas as despesas e por quaisquer perdas ou danos que a mercadoria possa vir a sofrer;
• O local escolhido para entrega é muito importante para definir responsabilidades quanto à carga e descarga da mercadoria: se a entrega ocorrer nas dependências do vendedor, este é o responsável pelo carregamento no veículo coletor do comprador; se a entrega ocorrer em qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo descarregamento de seu veículo;
• O comprador poderá indicar outra pessoa, que não seja o transportador, para receber a mercadoria. Nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é entregue àquela pessoa indicada;
• Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte










B) FOB
FOB - Free on Board (...named port of shipment)
• O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada do navio (ship's rail) no porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e danos;
• A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas as despesas passam a correr por conta do comprador;
• O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação;
• Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre).


C) CIF
CIF - Cost, Insurance and Freight (...named port of destination)
• A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no momento da transposição da amurada do navio no porto de embarque;
• O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado;
• O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para a frente se responsabilizar por todas as despesas;
• O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação;
• O vendedor deverá contratar e pagar o prêmio de seguro do transporte principal;
• O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar;
• Os riscos a partir da entrega (transposição da amurada do navio) são do comprador;
• Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre).

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D) CFR
CFR - Cost and Freight (...named port of destination)
• O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos necessários para colocar a mercadoria a bordo do navio;
• O vendedor é responsável pelo pagamento do frete até o porto de destino designado;
• O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação;
• Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer outros custos adicionais são transferidos do vendedor para o comprador no momento em há que a mercadoria cruze a murada do navio;
• Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da mercadoria;
• Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre).


[1] http://www.aprendendoaexportar.gov.br/informacoes/incoterms2.htm

9 - ESTRUTURA PRODUTIVA BRASILEIRA

9 - ESTRUTURA PRODUTIVA BRASILEIRA

Origem da atividade
Qualquer que seja a matéria-prima (cana-de-açúcar, beterraba, milho etc.) da qual se extraia açúcar e álcool, o setor sucroalcooleiro do Brasil é dos mais competitivos do mundo. Graças ao elevado teor de fibra, que lhe confere independência em relação à energia externa, a cana-de-açúcar apresenta, em termos energéticos, claras vantagens competitivas na comparação com outras culturas.

A produtividade agroindustrial teve nos últimos anos significativa evolução: na região Centro-Sul, que responde por cerca de 85% da produção brasileira, a média oscila entre 78 e 80 toneladas por hectare, em ciclo de cinco cortes. Em São Paulo, responsável por cerca de 60% da produção nacional, a média está ao redor de 80 a 85 toneladas por hectare, também em cinco anos.

A qualidade da matéria-prima, em São Paulo e no Centro-Sul, medida pela sacarose contida na planta, está entre 14 e 15,5% de POL, o que equivale ao rendimento médio de 140 a 145 kg de açúcares totais por tonelada de cana.

Para o álcool, isso significa rendimento entre 80 e 85 litros por tonelada.

No Brasil, e entre os associados da Unica, a melhoria tecnológica para os próximos cinco anos deverá concentrar-se nos seguintes aspectos: desenvolvimento de novas variedades, cada vez mais adaptadas ao clima, tipo de solo e sistema de corte (manual ou mecanizado), cada vez mais resistentes a pragas e com maior concentração de sacarose; uso de insumos modernos, melhoria do sistema de transporte e mecanização da lavoura; melhores processos de planejamento e controle; melhoria na extração do caldo e diminuição de perdas no processo; menor uso de produtos químicos no processo industrial de fabricação de açúcar e álcool; inovações no processo de produção de açúcar e álcool; gerenciamento da produção; co-geração de energia elétrica.


O Setor de açucar e alcool no Brasil é composto de 300 usinas e destilarias, sendo que quase a metade delas está localizada em são paulo, Estado que é o maior produtor nacional de cana-de-açúcar. No mercado mundial, o Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar, com 27,3% do total produzido, seguindo-se a Índia, com 23,7%, e a China, com 6,2%. Desde a década de 1990, o Brasil figura entre os dez maiores produtores de açúcar do mundo, atingindo, na safra 2002/2003, a primeira colocação, com 22.380 mil toneladas.

O Avanço tecnológico e a contínua busca pro aprimoramento da produção em busca de produtividade vem trazendo retornos consideráveis para a indústria do açúcar no Brasil.

8-CONJUNTURA PRODUTIVA BRASILEIRA

8-CONJUNTURA PRODUTIVA BRASILEIRA


Perfil da Produção
Cultura dos primórdios da colonização do Brasil, a cana-de-açúcar é uma gramínea semi-perene que ocupa atualmente mais de 5 milhões de hectares em duas regiões distintas: Centro-Sul e Norte-Nordeste, separadas por regimes de chuvas diferentes.

No Centro-Sul, que concentra cerca de 85% da produção, as precipitações ocorrem de setembro a fevereiro, ao passo que no Nordeste a estação das águas incide nos meses de junho e julho. Dessa forma, o desenvolvimento das lavouras ocorre em períodos alternados - a safra do Centro-Sul é contada de maio a abril, enquanto a do Nordeste vai de setembro a agosto.

A produção brasileira de cana supera a marca de 387 milhões de toneladas, volume processado em 306 usinas - das quais 236 no Centro-Sul - e que faz do País o maior produtor mundial.

No campo – Da família das gramíneas, a cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) encontra condições climáticas favoráveis para se desenvolver no Brasil. As principais exceções são Rio Grande do Sul e Santa Catarina, devido ao risco de incidência de geadas.

Antes de plantar qualquer cultura, deve-se analisar o solo a viabilidade econômica da atividade escolhida. Para plantar cana, o interessado precisa, acima de tudo, estudar as condições de mercado e obter apoio técnico para iniciar o cultivo. O Estado de São Paulo, por exemplo, conta com uma rede de Casas da Agricultura, ligadas aos Escritórios de Desenvolvimento Regional da Secretaria da Agricultura, que dispõem de programa de extensão rural, com orientação de engenheiros agrônomos.

Por ser uma cultura semi-perene, permitindo cerca de cinco cortes, a cana necessita de cuidados que diferem dos aplicados a culturas anuais, como arroz, milho e soja.

Planejamento – O planejamento para o cultivo da cana deve ser amplo, contemplando a escolha dos componentes da produção, como variedades, adubos, defensivos, máquinas, serviços etc; o custo de sua implantação e a adoção de um cronograma físico-financeiro. Se houver condições adequadas, pode se adotar o plantio direto, o que reduz o risco de erosão.

Caso contrário, o primeiro passo é o preparo do solo, levando em conta suas eventuais limitações, como compactação, falta de nutrientes, pragas e ervas daninhas perenes, que precisam ser eliminadas.

Nessa fase, são aplicados corretivos de fertilidade, como calcário, gesso e fosfato, seguindo-se da aração e das medidas necessárias para evitar a erosão do solo. Dependendo da variedade e da época do ano, devem ser plantadas de 12 a 16 gemas por metro, para evitar falhas no canavial.

Quando plantar – O plantio da cana dependerá das condições de solo, clima e variedades para que se obtenha a maior produtividade (toneladas por hectare) possível. O cultivo da cana depende da umidade do solo, resultado das chuvas ou da irrigação; e da temperatura média da terra, que não deve ser baixa (inferior a 20ºC), o que poderia prejudicar a germinação.

Em São Paulo, as variedades de cana estão divididas em três blocos: cana de ano e meio, cana de inverno e cana de ano.

Cana de ano e meio: Plantada entre fevereiro e maio, a cana de ano e meio tem boa produtividade, com tempo de crescimento de 15 a 18 meses e variedades precoces, médias e tardias.

Cana de inverno: Plantada entre o final de maio a agosto/setembro, desenvolve-se no período de temperaturas mais baixas, podendo ser adotada quando há opção de irrigação. Seu período de ocupação da terra oscila, em média, de 12 a 14 meses.

Cana de ano: seu plantio é de setembro a novembro, no início das precipitações de primavera e exige solos mais férteis. As variedades precisam ficar prontas para a colheita do meio para o fim da safra. São necessários tratos culturais específicos na fase de desenvolvimento da planta, incluindo controle de pragas e de ervas daninhas.

Colheita – A colheita da cana-de-açúcar pode ser manual ou mecânica, de acordo com a topografia da plantação e dos recursos disponíveis para se investir no maquinário.

A colheita manual está normalmente associada à queima, que facilita o corte da planta e evita problemas como picadas de cobra.

A mecânica só pode ser realizada em terrenos com menos de 12% de declive, com a vantagem de fornecer cobertura verde - a palha da própria cana - para manter a umidade do solo.

Não se recomenda a estocagem de cana - no máximo, por dois dias - para evitar a perda de açúcar.

Na usina – Depois de colhida e transportada até a usina, a cana é descarregada por pontes rolantes equipadas com garras hidráulicas ou guindastes, em pátio aberto ou em barracão. A cana estocada em pátio é descarregada em mesas alimentadoras por tratores com rastelos, enquanto a recém-colhida é descarregada em mesa em pontes rolantes.

Na mesa alimentadora, a cana é lavada e, por meio de uma esteira metálica, passa para a fase de preparo - por facas niveladoras e facas picadoras, seguindo para um desfibrador (rotor no qual é acoplado um conjunto de martelos oscilantes que forçam a passagem da cana por uma pequena abertura).

Outro equipamento, o espalhador, é responsável por uniformizar o colchão de cana, reduzindo o seu tamanho. Ao fim do preparo, a cana vai para as moendas, onde é extraído o caldo.

Normalmente, cada moenda conta com um rolo de entrada, um rolo superior e um rolo de saída e, na maioria dos casos, com um rolo de pressão. O caldo extraído passa por peneiras e tratamento químico como sulfitação, com a absorção de anidrido sulfuroso, ou calagem, para regular o pH. Em seguida, é aquecido a 105ºC, passando depois pelo processo de purificação, com a retirada de resíduos de tratamentos anteriores. O caldo é decantado e, por meio da evaporação, é concentrado, recebendo o nome de xarope.

Para a produção de açúcar, o xarope passa pelo processo de cristalização por cozimento ou por resfriamento. Dos cristalizadores, o açúcar passa para a fase de centrifugação e, em seguida, pela secagem. O açúcar é então transferido por uma espécie de funil (moega) para sacos de 50 quilos.

Para a obtenção do álcool, o caldo de cana é fermentado, após tratamento de purificação por meio da pasteurização - aquecimento e resfriamento imediatos. A fermentação corre em tanques (dornas), obtendo-se teor alcoólico de 7% a 10%, passando a se chamar vinho. O calor liberado na fermentação torna necessária a etapa de resfriamento. O vinho é então centrifugado para separar as leveduras, passando, em seguida, para as colunas de destilação.

O álcool resultante é o hidratado, a 96ºGL. O anidro passa por outro processo de desidratação para chegar a 99,7ºGL.

7. Conjuntura Produtiva Mundial



7. Conjuntura Produtiva Mundial





Hoje, o maior produtor de açúcar é o Brasil, seguido pela União Européia (EU – European Union), Índia e China, conforme podemos visualizar na Figura 1. O açúcar tornou-se um alimento comum à dieta de todos os países, constituindo uma fonte de energia de fácil e rápida assimilação. Além disso, o sabor doce é um dos mais apreciados pelo ser humano, o que torna o açúcar um dos alimentos capazes de oferecer momentos de bem-estar e prazer. No próximo capítulo, conheceremos um pouco mais sobre a intimidade (em nível molecular) desse composto.

Como se pode observar, na grande maioria dos países, o ano-safra inicia-se em setembro e termina em agosto do ano seguinte, ou seja, isso ocorre nos 37 dos 88 países produtores de açúcar relacionados. Outro grande grupo de países (14), inicia o ano-safra em outubro e termina em setembro.

6 - Produção

6- PRODUCAO

Clima e Solo
A cana-de-açúcar é cultivada numa extensa área territorial, compreendida entre os paralelos 35º de latitude Norte e Sul do Equador, apresentando melhor comportamento nas regiões quentes. O clima ideal é aquele que apresenta duas estações distintas, uma quente e úmida, para proporcionar a germinação, perfilhamento e desenvolvimento vegetativo, seguido de outra fria e seca, para promover a maturação e conseqüente acumulo de sacarose nos colmos.
Solos profundos, pesados, bem estruturados, férteis e com boa capacidade de retenção são os ideais para a cana-de-açúcar que, devido à sua rusticidade, se desenvolve satisfatoriamente em solos arenosos e menos férteis, como os de cerrado. Solos rasos, isto é, com camada impermeável superficial ou mal drenados, não devem ser indicados para a cana-de-açúcar.
Para trabalhar com segurança em culturas semi-mecanizadas, que constituem a maioria das nossas explorações, a declividade máxima deverá estar em torno de 12% ; declividade acima desse limite apresentam restrições às práticas mecânicas.
Para culturas mecanizadas, com adoção de colheitadeiras automotrizes, o limite máximo de declividade cai para 8 a 10%.

Cultivares
Um dos pontos que merece especial atenção do agricultor é a escolha do cultivar para plantio. Isso não só pela sua importância econômica, como geradora de massa verde e riqueza em açúcar, mas também pelo seu processo dinâmico, pois anualmente surgem novas variedades, sempre com melhorias tecnológicas quando comparadas com aquelas que estão sendo cultivadas. Dentre as várias maneiras para classificação dos cultivares de cana, a mais prática é quanto à época da colheita.Quando apresentarem longo Período de Utilização Industrial (PUI), a indicação de alguns cultivares ocorrerá para mais de uma época.
Atualmente os cultivares mais indicados para São Paulo e Estados limítrofes são:
· para início de safra: SP80-3250, SP80-1842, RB76-5418, RB83-5486, RB85-5453 e RB83-5054
· para meio de safra: SP79-1011, SP80-1816, RB85-5113 e RB85-5536
· para fim de safra: SP79-1011, SP79-2313, SP79-6192, RB72-454, RB78-5148, RB80-6043 e RB84-5257
Os cultivares SP79-2313, RB72-454, RB78-5148, RB80-6043 e RB83-5486 caracterizam-se pela baixa exigência em fertilidade de solo.

Preparo do Terreno
Tendo a cana-de-açúcar um sistema radicular profundo, um ciclo vegetativo econômico de quatro anos e meio ou mais e uma intensa mecanização que se processa durante esse longo tempo de permanência da cultura no terreno, o preparo do solo deve ser profundo e esmerado. Convém salientar que as unidades sucroalcooleiras não seguem uma linha uniforme de preparo do solo, tendo cada uma seu sistema próprio, variação essa que ocorre em função do tipo de solo predominante e da disponibilidade de máquinas e implementos.
No preparo do solo, temos de considerar duas situações distintas:
- a cana vai ser implantada pela primeira vez;
- o terreno já se encontra ocupado com cana.
No primeiro caso, faz-se uma aração profunda, com bastante antecedência do plantio, visando à destruição, incorporação e decomposição dos restos culturais existentes, seguida de gradagem, com o objetivo de completar a primeira operação. Em solos argilosos é normal a existência de uma camada impermeável, a qual pode ser detectada através de trincheiras abertas no perfil do solo, ou pelo penetrômetro.
Constatada a compactação do solo, seu rompimento se faz através de subsolagem, que só é aconselhada quando a camada adensada se localizar a uma profundidade entre 20 e 50 cm da superfície e com solo seco.
Nas vésperas do plantio, faz-se nova gradagem, visando ao acabamento do preparo do terreno e à eliminação de ervas daninhas.
Na segunda situação, onde a cultura da cana já se encontra instalada, o primeiro passo é a destruição da soqueira, que deve ser realizada logo após a colheita. Essa operação pode ser feita por meio de aração rasa (15-20 cm) nas linhas de cana, seguidas de gradagem ou através de gradagem pesada, enxada rotativa ou uso de herbicida.
Se confirmada a compactação do solo, a subsolagem torna-se necessária. Nas vésperas do plantio procede-se a uma aração profunda (25-30 cm), por meio de arado ou grade pesada. Seguem-se as gradagens necessárias, visando manter o terreno destorroado e apto ao plantio.
Devido à facilidade de transporte, à menor regulagem e ao maior rendimento operacional, há uma tendência das grades pesadas substituírem o arado.

Calagem
A necessidade de aplicação de calcário é determinada pela análise química do solo, devendo ser utilizado para elevar a saturação por bases a 60%. Se o teor de magnésio for baixo, dar preferência ao calcário dolomítico.
O calcário deve ser aplicado o mais uniforme possível sobre o solo. A época mais indicada para aplicação do calcário vai desde o último corte da cana, durante a reforma do canavial, até antes da última gradagem de preparo do terreno. Dentro desse período, quanto mais cedo executada maior será sua eficiência.

Adubação
Para a cana de açúcar há a necessidade de considerar duas situações distintas, adubação para cana-planta e para soqueiras, sendo que, em ambas, a quantificação será determinada pela análise do solo.
Para cana-planta, o fertilizante deverá ser aplicado no fundo do sulco de plantio, após a sua abertura, ou por meio de adubadeiras conjugadas aos sulcadores em operação dupla.
No quadro a seguir são indicadas as quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio a serem aplicadas com base na análise do solo e de acordo com a produtividade esperada.


* Não é provável obter a produtividade dessa classe, com teor muito baixo de P no solo
Fonte: Boletim Técnico 100 IAC, 1996

Aplicar mais 30 a 60 kg/ha de N, em cobertura, durante o mês de abril; em solo arenoso dividir a cobertura, aplicando metade do N em abril e a outra metade em setembro - outubro.
Adubações pesadas de K2O devem ser parceladas, colocando no sulco de plantio até 100 kg/ha e o restante juntamente com o N em cobertura, durante o mês de abril.
Para soqueira, a adubação deve ser feita durante os primeiros tratos culturais, em ambos os lados da linha de cana; quando aplicada superficialmente, deve ser bem misturada com a terra ou alocada até a profundidade de 15 cm.
Na adubação mineral da cana-soca aplicar as indicações do quadro a seguir, observando os resultados da análise de solo e de acordo com a produtividade esperada.


Uso de Resíduos da Agroindústria Canavieira
Atualmente há uma tendência em substituir a adubação química das socas pela aplicação de vinhaça, cuja quantidade por hectare esta na dependência da composição química da vinhaça e da necessidade da lavoura em nutrientes.
Os sistemas básicos de aplicação são por infiltração, por veículos e aspersão, sendo que cada sistema apresenta modificações.
A torta de filtro (úmida) pode ser aplicada em área total (80-100 t/ha), em pré-plantio, no sulco de plantio (15-30 t/ha) ou nas entrelinhas (40-50 t/ha). Metade do fósforo aí contido pode ser deduzido da adubação fosfatada recomendada. (Boletim Técnico 100 IAC, 1996)

Plantio
Existem duas épocas de plantio para a região Centro-Sul: setembro-outubro e janeiro a março. Setembro-outubro não é a época mais recomendada, sendo indicada em casos de necessidade urgente de matéria prima, quer por recente instalação ou ampliação do setor industrial, quer por comprometimento de safra devido à ocorrência de adversidade climática. Plantios efetuados nessa época propiciam menor produtividade agrícola e expõem a lavoura à maior incidência de ervas daninhas, pragas, assoreamento dos sulcos e retardam a próxima colheita.
O plantio da cana de "ano e meio" é feito de janeiro a março, sendo o mais recomendado tecnicamente. Além de não apresentar os inconvenientes da outra época, permite um melhor aproveitamento do terreno com plantio de outras culturas. Em regiões quentes, como o oeste do Estado de São Paulo, essa época pode ser estendida para os meses subseqüentes, desde que haja umidade suficiente.
O espaçamento entre os sulcos de plantio é de 1,40 m, sua profundidade de 20 a 25 cm e a largura é proporcionada pela abertura das asas do sulcador num ângulo de 45º, com pequenas variações para mais ou para menos, dependendo da textura do solo.
Os colmos com idade de 10 a 12 meses são colocados no fundo do sulco, sempre cruzando a ponta do colmo anterior com o pé do seguinte e picados, com podão, em toletes de aproximadamente de três gemas.
A densidade do plantio é em torno de 12 gemas por metro linear de sulco, que, dependendo da variedade e do seu desenvolvimento vegetativo, corresponde a um gasto de 7-10 toneladas por hectare.
Os toletes são cobertos com uma camada de terra de 7 cm, devendo ser ligeiramente compactada. Dependendo do tipo de solo e das condições climáticas reinantes, pode haver uma variação na espessura dessa camada.

Tratos Culturais
Os tratos culturais na cana-planta limitam-se apenas ao controle das ervas daninhas, adubação em cobertura e adoção de uma vigilância fitossanitária para controlar a incidência do carvão. No que concerne à adubação em cobertura, já foi visto no item adubação e a vigilância fitossanitária será comentada em doenças e seu controle.
O período crítico da cultura, devido à concorrência de ervas daninhas, vai da emergência aos 90 dias de idade.
O controle mais eficiente as ervas, nesse período, é o químico, através da aplicação de herbicidas em pré-emergência, logo após o plantio e em área total. Dependendo das condições de aplicação, infestação da gleba e eficiência do praguicida, há necessidade de uma ou mais carpas mecânicas e catação manual até o fechamento da lavoura. A partir dai a infestação de ervas é praticamente nula.
Outro método é a combinação de carpas mecânicas e manuais. Instalada a cultura, após o surgimento do mato, procede-se seu controle mecanicamente, com o emprego de cultivadores de disco ou de enxadas junto às entrelinhas, sendo complementado com carpa manual nas linhas de plantio, evitando, assim, o assoreamento do sulco. Essa operação é repetida quantas vezes forem necessárias; normalmente três controles são suficientes.
As soqueiras exigem enleiramento do "paliço", permeabilização do solo, controle das ervas daninhas, adubação e vigilância sanitária. Os dois últimos tratos culturais encontram-se em itens próprios.
Após a colheita da cana, ficam no terreno restos de palha, folhas e pontas, cuja permanência prejudica a nova brotação e dificulta os tratos culturais. A maneira de eliminar esse material (paliço) seria a queima pelo fogo, porém essa prática não é indicada devido aos inconvenientes que ela acarreta, como falhas na brotação futura, perdas de umidade e matéria orgânica do solo e quebra do equilíbrio biológico.
O enleiramento consiste no amontoamento em uma rua do "paliço" deixando duas, quatro ou seis ruas livres, dependendo da quantidade desse material. É realizado por enleiradeira tipo Lely, implemento leve com pouca exigência de potência.
Após a retirada da cana, o solo fica superficialmente compactado e impermeável à penetração de água, ar e fertilizantes. Visando à permeabilização do solo e controle das ervas daninhas iniciais, diversos métodos e implementos podem ser usados.
Existem no mercado implementos dotados de hastes semi-subsoladoras ou escarificadoras, adubadeiras e cultivadores que realizam simultaneamente, operações de escarificação, adubação, cultivo e preparo do terreno para receber a carpa química, exigindo, para tanto, tratores de aproximadamente 90 HPs. Normalmente, essa prática, conhecida como operação tríplice, seguida do cultivo químico, é suficiente para manter a soqueira no limpo.
Além desse sistema, o emprego de cultivadores ou enxadas rotativas com tração animal ou mecânica apresenta bons resultados. Devido ao rápido crescimento das soqueiras, o número de carpas exigidos é menor que o da cana planta.

Pragas e seu controle
A cana-de-açúcar é atacada por cerca de 80 pragas, porém pequeno número causa prejuízos à cultura. Dependendo da espécie da praga presente no local, bem como do nível populacional dessa espécie, as pragas de solo podem provocar importantes prejuízos à cana-de-açúcar, com reduções significativas nas produtividades agrícola e industrial dessa cultura.
Dos organismos que a atacam, três merecem destaque pelos danos que causam: os nematóides, os cupins e o besouro Migdolus. Veja mais detalhes em Pragas da Cana-de-Açúcar.

Colheita
A colheita inicia-se em maio e em algumas unidades sucroalcooleiras em abril, prolongando-se até novembro, período em que a planta atinge o ponto de maturação, devendo, sempre que possível, antecipar o fim da safra, por ser um período bastante chuvoso, que dificulta o transporte de matéria prima e faz cair o rendimento industrial.

Maturadores Químicos
São produtos químicos que tem a propriedade de paralisar o desenvolvimento da cana induzindo a translocação e o armazenamento dos açúcares. Vêm sendo utilizados como um instrumento auxiliar no planejamento da colheita e no manejo varietal. Muitos compostos apresentam, ainda, ação dessecante, favorecendo a queima e diminuindo, portanto, as impurezas vegetais. Há uma ação inibidora do florescimento, em alguns casos, viabilizando a utilização de variedades com este comportamento.
Dentre os produtos comerciais utilizados como maturadores, podemos citar: Ethepon, Polaris, Paraquat, Diquat, Glifosato e Moddus. Estudos sobre a época de aplicação e dosagens vêm sendo conduzidos com o objetivo de aperfeiçoar a metodologia de manejo desses produtos, que podem representar acréscimos superiores a 10% no teor de sacarose.

Determinação do Estágio de Maturação
O ponto de maturação pode ser determinado pelo refratômetro de campo e complementado pela análise de laboratório. Com a adoção do sistema de pagamento pelo teor de sacarose, há necessidade de o produtor conciliar alta produtividade agrícola com elevado teor de sacarose na época da colheita.
O refratômetro fornece diretamente a porcentagem de sólidos solúveis do caldo (Brix). O Brix esta estreitamente correlacionado ao teor de sacarose da cana.
A maturação ocorre da base para o ápice do colmo. A cana imatura apresenta valores bastante distintos nesses seguimentos, os quais vão se aproximando no processo de maturação. Assim, o critério mais racional de estimar a maturação pelo refratômetro de campo é pelo índice de maturação (IM), que fornece o quociente da relação.
IM=Brix da ponta do colmo
Brix da base do colmo
Admitem-se para a cana-de-açúcar, os seguintes estágios de maturação:
IM
Estágio de Maturação
<> 1,00
cana verde
cana em maturação
cana madura
cana em declínio de maturação

As determinações tecnológicas em laboratório (brix, pol, açúcares redutores e pureza) fornecem dados mais precisos da maturação, sendo, a rigor, uma confirmação do refratômetro de campo.

Operação de Corte (manual e/ou mecanizada)
O corte pode ser manual, com um rendimento médio de 5 a 6 toneladas/homem/dia, ou mecanicamente, através de colheitadeiras. Existem basicamente dois tipos: colheitadeira para cana inteira, com rendimento operacional médio em condições normais de 20 t/hora, e colheitadeiras para cana picada (automotrizes), com rendimento de 15 a 20 t/hora.
Após o corte, a cana-de-açúcar deve ser transportada o mais rápido possível ao setor industrial, por meio de caminhão ou carreta tracionada por trator.

Rendimento Agrícola
Em relação à produtividade e região de plantio, observamos que a produtividade está estritamente relacionada com o ambiente de produção, e este é dado por padrão do solo, clima e nível tecnológico aplicado.

Produção de Mudas
Após, em média, quatro ou cinco cortes consecutivos, a lavoura canavieira precisa ser renovada. A taxa de renovação está ao redor de 15 a 20% da área total cultivada, exigindo grandes quantidades de mudas. A boa qualidade das mudas é o fator de produção de mais baixo custo e que maior retorno econômico proporciona ao agricultor, principalmente quando produzida por ele próprio.
Para a produção de mudas, há necessidade de que o material básico seja de boa procedência, com idade de 10 a 12 meses, sadio, proveniente de cana-planta ou primeira soca e que tenha sido submetido ao tratamento térmico.
A tecnologia empregada na produção de mudas é praticamente a mesma dispensada à lavoura comercial, apenas com a introdução de algumas técnicas fitossanitárias, tais como:
- Desinfecção do podão - o podão utilizado na colheita de mudas e no seu corte em toletes, quando contaminado, é um violento propagador da escaldadura e do raquitismo. Antes e durantes estas operações deve-se desinfetar o podão, através de álcool, formol, lisol, cresol ou fogo. Uma desinfecção prática, eficiente e econômica é feita pela imersão do instrumento numa solução com creolina a 10% (18 litros de água + 2 litros de creolina) durante meia hora, antes do início da colheita das mudas e do corte das mesmas em toletes.
Durante essas duas operações, deve-se mergulhar, freqüente e rapidamente, o podão na solução.
- Vigilância sanitária e "roguing" - formando o viveiro, torna-se imprescindível a realização de inspeções sanitárias freqüentes, no mínimo uma vez por mês. A finalidade dessas inspeções é a erradicação de toda touceira que exiba sintoma patológico ou características diferentes da variedade em cultivo.
Além dessas duas medidas fitossanitárias, algumas recomendações agronômicas devem ser levadas em consideração, como a despalha manual das mudas, menor densidade das mudas dentro do sulco e maior parcelamento do fertilizante nitrogenado.
- Rotação de culturas - durante a reforma do canavial, no período em que o terreno permanece ocioso, deve-se efetuar o plantio de culturas de ciclo curto, em rotação com a cana-de-açúcar. Amendoim e soja são as mais indicadas.
Além dos conhecidos benefícios agronômicos proporcionados pela rotação de culturas, a cana-de-açúcar permite a consorciação com outra cultura, aproveitando o terreno numa época em que estaria ocioso, proporcionando melhor aproveitamento de máquinas e implementos. A implantação da cultura é feita sem gasto financeiro correspondente ao preparo do solo, havendo menor exposição do terreno à erosão e às ervas daninhas e diminuição da sazonalidade de empregos.